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quinta-feira, março 13, 2003
este é o meu segundo post. tempos de mudança é nisso que agora penso. cada vez com mais frequência se misturam estrangeirismos na nossa língua plana (que é como quem diz na nossa língua escrita, ou simplesmente acto de escrever). aqui nestes meios digitais, utilizamos posts e threads em vez de tópicos, assuntos etc e tal. não me apetece prolongar mais este parágrafo, cada um que o prolongue à sua maneira.
ainda não sei porque criei este blog. tenho já uma página pessoal, também de nome vermelhar e podia perfeitamente lá escrever o aqui estou a escrevinhar, como se não tivesse à minha frente uma pilha enorme de papel sem saber e sem vontade de lhe dar despacho (não, não trabalho no sector público). na linha de intervalo que antecede este parágrafo do outro, estive a ler os blogs do Possidonio e reti-me por uns momentos neste: "PASSE POR CÁ MAIS TARDE Ninguém paga! Ninguém quer pagar! É sempre espantosa a mudança de ritmo entre a encomenda de um trabalho e o pagamento do mesmo. Pede-se sempre para "ontem" e paga-se sempre "amanhã". Há poucas coisas mais deprimentes do que ver a cara de um artista a dizer que "tem que telefonar outra vez ao gajo (produtor, editor, etc, ) para ver se ele lhe paga". As senhorias e os pingosdoces não esperam. Só os artistas é que podem esperar. E a culpa é de Deus, que não os fez sem estômago! - possidonio, 12:45 PM" eu não sou artista, trabalho numa empresa de construção civil que emprega artistas, nomeadamente trolhas, carpinteiros de limpos, pintores, pedreiros, etc. aqui, no mundo da construção civil, ninguém paga a ninguém, a organização do caos já se avizinha. o estado é o pior pagador. infelizmente nestes últimos 10 ou mais anos o estado consentiu que as empresas de construção civil andassem à sua mama, agora que a porca secou (fim de crédito bonificado, redução ao lançamento de obras públicas, aumento dos combustíveis, aumento do IVA) é que vai torcer o rabo. o problema é ainda maior quando não se actua severamente contra os que não pagam e que o deveriam pois o trabalho foi executado e bem feito (presumindo que está bem feito) e também se estiver mal feito, há sempre o recurso às cauções e garantias bancárias que as empresas são obrigadas a fazer na assinatura de adjudicação dos trabalhos. quem não paga havia de ser preso, talvez assim já pagassem. temo é que não hajam celas de luxo suficientes para albergar todo o governo...
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o palato tem cor rosada. vermelho quando irado |
