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quinta-feira, março 20, 2003

 

QUANDO A PARVALHEIRA DA GUERRA ME ATINGE:

eu com aquele corpo nas mãos morria de vergonha. mas isto para mim não tem novidade alguma.
eu sempre fui muito tímido, vejam lá bem: dei o meu primeiro beijo aos catorze anos. andava no oitavo ano do secundário e a coisa propriamente dita apenas aconteceu, porque fui vítima de uma aposta, ou seja, apostaram com a Rute em como ela não iria conseguir enfiar a língua na minha garganta e ao mesmo tempo mascar uma pastilha elástica Gorila de sabor a banana. tudo isto apenas porque eu era muito tímido e nunca tinha dado um beijo.
estava-mos os dois debaixo de um vão de escadas no pavilhão vermelho quando num gesto arrebatado já ela estava em cima de mim, minando toda a minha boca com a sua língua empastada de banana, despejando toneladas de cuspe pela garganta abaixo, quase morri asfixiado.
como se isto não bastasse, ela pegou na minha mão e enfiou-a por baixo da sua camisola, obrigado-me a coçar um caroço, e como se ainda não tivesse bastado, o caroço não estava sozinho, eram dois! um mal nunca vem só.
tudo aquilo era muito estranho para mim, há medida que lhe tocava nos ditos caroços, os olhos da rapariga retorciam-se todos, ficando brancos como a cal. a respiração dela colava-se aos meus olhos, passados uns minutos já nada via, tinha os meus óculos todos embaciados.
por fim - e aqui é que foram elas - a rapariga começou a meter a sua mão no bolso das minhas calças - escusado será dizer como me senti - pensei que ela me queria roubar! mas logo fiquei descansado e ao mesmo tempo mais irritado. ela disse-me que apenas queria o Joãozinho! quer-se dizer, a gaja estava comigo e só queria um gajo que eu nem sequer conhecia! mas pronto, tudo se resolveu de imediato, ela explicou-me tudo direitinho e a história ficou logo em pratos limpos. ela apenas queria o Joãozinho para brincar com a Buceta! fiquei tranquilo, tinha interpretado mal a situação, ela até era uma amiga dos animais. ela queria que o Joãozinho tomasse conta da sua rata que se chamava Buceta, enquanto ali estivesse. com toda esta história esclarecida, um toque de campainha gritante interrompeu o nosso beijo ao mesmo tempo que anunciava a saída das aulas.
tivemos de regressar ao polivalente, onde ela ganhou uma pastilha elástica Gorila de sabor a morango pela aposta. a partir desse dia, senti-me enganado e nunca mais confiei em mulheres com caroços no peito possuidoras de ratas.
contudo, ainda hoje não entendo a reacção das mulheres. quando lhes pergunto se elas têm caroços no peito e ratas, enfiam-me sempre com dois estalos! hoje em dia ser honesto é difícil...


NOTA PESSOAL: é triste, é triste um gajo escrever isto e no final, mudar de canal para assistir a uma novela mexicana.

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Vermelhar   
o palato tem cor rosada. vermelho quando irado