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quinta-feira, junho 26, 2003
O que fica, depois do que vem
Opções. Tudo se resume a opções que se toma na vida, que é sempre efémera, embora tenhamos a convicção do contrário. Mas a realidade é essa mesma, curta, insignificante, passageira para alguns, perpétua para outros na também sua breve passagem por este mundo, residindo o paradoxo que sempre nos acompanha. A vida, palavra tão curta para tão grandiosa busca da sua finalidade existencial, criando-se as ciências, os cultos, as religiões, filosofias, esoterismos, espiritualismos e outras mais variantes que vão dar sempre ao mesmo. O que se faz com a vida? Por vezes tenho a nítida sensação de ser como certos insectos, que após atingirem o seu estado adulto, sobrevivem apenas umas horas, e daí o sentido de efémero. Perante o universo, a espécie humana é como os insectos, insignificantes e apenas uma espécie entre muitas no universo, universos. A raça humana sofre de uma enorme crise existencial, a depressão será a doença do século que se avizinha, e cada um é diferente do outro, logo os tratamentos não funcionaram, comprometendo seriamente a utopia de uma vida harmoniosa, onde as imagens de vida ideal, são a de se viver em amplos espaços, de cores claras, e de luminosidade natural a escorrer pelas paredes ao sabor das horas que rodam o sol na rosa-dos-ventos, nas bússolas errantes dos marinheiros em extinção, pois os cantos e oceanos do mundo estão a descoberto e descodificados em mapas por satélites e pela ingenuidade humana. Mesmo os recantos mais recônditos não escapam à lupa minuciosa dos guardiões das telecomunicações e das armas de guerra tecnológicas, à distância de um dedo no botão vermelho e da inserção de um código dividido por algumas pessoas, não vá um só, ter o destino do mundo, com base na sua boa ou má disposição, boa ou má saúde mental, imperceptível muitas das vezes. Tudo não passam imagens de ficção científica. É impossível, todos termos a nossa casa dividida por amplas áreas, dando a sensação de equilíbrio e de liberdade. O mundo sofre e sofrerá ainda mais de um excesso populacional, somos a praga (insectos) do início do fim do mundo. O controlo para a praga é a da nossa autodestruição, caminho pelo qual, nos estamos a dirigir perfeitamente, começando primeiro, por destruirmos o equilíbrio biológico ao qual somos tão sensíveis ou ainda mais do que algumas espécies animais. A nossa adaptação ou sobrevivência, passa pela manipulação genética – o primeiro passo na cibernética dos corpos, estando a sua programação a ser escrita nos laboratórios, descodificando uma nova linguagem, a simbiose humana com os bytes, sangue, zeros e uns - desvendar o segredo dos Deuses e ao mesmo tempo despedi-los das nossas crenças e religiões. Não precisaremos mais de juntar as palmas das mãos elevadas a meio do rosto pendente na oração para o acontecimento do milagre ansiado, para ter motivos e convicção de que algo existe e não andamos a fazer figura de parvos com oferendas de almas e dinheiro para forrar um tecto com folha de ouro numa basílica num qualquer Vaticano de outro nome. Adaptaremos como último nome (ao nome de família) o cromossoma que nos foi removido ao implantado. Perderemos o ocaso, que foi o mesmo que nos criou, ficaremos órfãos do acaso, qual o sentido do mundo, vida, sem o acaso? A orquestra que nos baila no caos, o mesmo que nos organiza. Somos egoístas, temos medo de morrer, temos medo da pessoa amada morrer primeiro que nós, e então queremos morrer primeiro - mais um paradoxo. As espécies estão em constante mutação, por uma forma, mais, ou menos agradável, mas sempre em evolução e mutação. E não serão as doenças que nos controlam para o futuro que caminhamos? A nossa humanidade, contrariamente, vai ser a causa da autodestruição. Apenas como ilusão para a nossa consciência, ficamos com a sensação de que procedemos bem, e para a mesma consciência, não ficar pesada. Cometemos muitos erros, fomos os criadores de muitas doenças, e muitas mais virão a seu tempo, antes do tempo. Enquanto isso, num outro mundo distante, onde a palavra mundo, certamente será outra, Deus corrige os erros, com base no seu projecto de ciências, onde criou um ecossistema, em que o controlo da sua própria subsistência aniquilação, era, foi, o abandono a si próprio. Deus teve nota negativa no seu projecto. E teve como castigo, fazer limpezas aos lavabos do Olimpo.
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