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sexta-feira, junho 06, 2003
sonhos de poeta [evitar]
agora vou cuspir no prato que me serviram, do qual pouco comi. sonhos de poeta é um site a evitar. porquê? porque usam e abusam da palavra poesia e vivem num utopia floreada, angelical, estéril e não me fodam mais a cabeça [desculpem a linguagem]. leiam este “poema” da semana: “A poesia que em mim habita A poesia que em mim habita é simples como a chuva que cai na calçada. Por vezes consegue ser bela como uma flor outras, triste como alguêm sem amor. A poesia que em mim habita é salgada como as lágrimas do mar e doce como mel Às vezes é como um jardim outras um deserto sem fim. A poesia que em mim habita tem tudo e não tem nada. Às vezes é culta outras popular. A poesia que em mim habita é para intelectuais, iletrados e os demais. É para amigos e inimigos. A poesia que em mim habita tem a força das marés a serenidade dos lagos. A poesia que em mim habita há-de ser lida, relida amada e odiada Assim é a poesia.” Carlos (26/03/2002) "AnjoAzul" Caro Carlos, não o conheço e desde já lhe peço desculpa por ter transcrito este seu poema. estou livre para um processo, mas por favor evite-o, as férias judiciais estão à porta e na ala VIP já não sobram celas. o texto acima transcrito é apenas um exemplo do muito que por lá se pasta. querem mais? aqui vai: “Solidão!... Sou solidão de mim!... Eu fui aquela que amou E foi amada... Eu fui alguém que chorou E foi chorada... Eu fui interrogação De tudo, em mim!... Com o resto que ficou Deste meu ser Amarei o mundo Eternamente!... Sinto em mim um som Palavra quente... Que me faz abraçar Este viver!... E nesta sina que ao mundo Me trouxe Eu viverei dia a dia Este amargo-doce De ser eternamente!... Solidão!” Francisca o site em epígrafe, é o exemplo mais comum do que de muito mau se coloca na net. poetas na rede não faltam, bastam uns versos em Hyper Text Markup Language e já está mais uma facada nas costas de Herberto Helder, Luís Miguel Nava, Paul Celan, António Franco Alexandre, Eliot, Mário Cesariny e etc. sei que não nascemos ensinados, mas também não precisamos de andar a enganar os ceguinhos e muitos menos colocar à venda um livro intitulado Poesi@. quando muito publicavam o livro trocando-o apenas entre vocês de enorme força de vontade. não me perdoem por ter escrito estas míseras linhas. sou um pecador, mereço ser julgado por colocar nos meus dedos o reencaminhamento de muitos anónimos para o vosso site cor de rosa. nota: em sonhos de poeta, já tive anunciada o vermelhar e também já lá coloquei alguns textos meus. abri os olhos e vi que era mais um no grande esquema do facilitismo, resolvi sair. por favor permaneçam aí nesse cantinho.
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