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sexta-feira, julho 09, 2004

 

sem legendas #11


Portugal, 2004


quando for grande desejo ter o peso breve da espuma do mar e não ter medo de submergir no tempo, dar duas braçadas por entre olhares que se apaixonam e se afogam mutuamente num beijo até à convulsão.

quando for grande quero continuar inocente e lembrar-me deste texto também ele inocente. quero ser usado, enganado, seduzido com promessas irreais, apurar a minha condição de inocente para lá do compreensível.

olhar para as palmas das minhas mãos e ver, sobretudo sentir que o tacto é algo de divino, possuir mãos é ter a certeza de que as oportunidades estão sempre ali, à nossa mão.

com as mãos escavar um buraco na areia e ver o outro lado do mundo, esticar o braço, agarrar a lua ou o sol (dependendo da hora) e lançar o crepúsculo, essa hora de ninguém em que nasce-me a primeira estrela na mão.


fotografia e texto| © direitos reservados ao autor nelson d'aires



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Vermelhar   
o palato tem cor rosada. vermelho quando irado